quinta-feira, setembro 06, 2007

Estou...

......além.

terça-feira, junho 12, 2007

Fantasmas

quinta-feira, abril 26, 2007

A sombra é uma passagem...


... para a outra margem.

quinta-feira, abril 19, 2007

A Publicidade de antanho - 2


Avenida da República, Vila Nova de Gaia.

sábado, abril 14, 2007

O Barco Vai de Saída


O barco vai de saída
Adeus ao cais de Alfama
Se agora vou de partida
Levo-te comigo ó cana verde
Lembra-te de mim ó meu amor
Lembra-te de mim nesta aventura
P'ra lá da loucura
P'ra lá do Equador

Ah mas que ingrata ventura
Bem me posso queixar
da Pátria a pouca fartura
Cheia de mágoas ai quebra-mar
Com tantos perigos ai minha vida
Com tantos medos e sobressaltos
Que eu já vou aos saltos
Que eu vou de fugida

Sem contar essa história escondida
Por servir de criado essa senhora
Serviu-se ela também tão sedutora
Foi pecado
Foi pecado
E foi pecado sim senhor
Que vida boa era a de Lisboa


Gingão de roda batida
corsário sem cruzado
ao som do baile mandado
em terra de pimenta e maravilha
com sonhos de prata e fantasia
com sonhos da cor do arco-íris
desvaira se os vires
desvairas magias

Já tenho a vela enfunada
marrano sem vergonha
judeu sem coisa nem fronha
vou de viagem ai que largada
só vejo cores ai que alegria
só vejo piratas e tesouros
são pratas, são ouros,
são noites, são dias

Vou no espantoso trono das águas
vou no tremendo assopro dos ventos
vou por cima dos meus pensamentos
arrepia
arrepia
e arrepia sim senhor
que vida boa era a de Lisboa


O mar das águas ardendo
o delírio do céu
a fúria do barlavento
arreia a vela e vai marujo ao leme
vira o barco e cai marujo ao mar
vira o barco na curva da morte
e olha a minha sorte
e olha o meu azar

e depois do barco virado
grandes urros e gritos
na salvação dos aflitos
estala, mata, agarra, ai quem me ajuda
reza, implora, escapa, ai que pagode
rezam tremem heróis e eunucos
são mouros são turcos
são mouros acode!

Aquilo é uma tempestade medonha
aquilo vai p'ra lá do que é eterno
aquilo era o retrato do inferno
vai ao fundo
vai ao fundo
e vai ao fundo sim senhor
que vida boa era a de Lisboa

Fausto Bordalo Dias

domingo, abril 08, 2007

E Caim mata Abel


E por falar em Abel e Caim.

PUM!!!!!

terça-feira, março 27, 2007

Domingo Sem Deus na Terra da Solidão


Todo o dia e sem parar, ele ouvia uma mesma voz que dizia: "Foge para o mar! Aqui estão todos sós!". Quando a peste da solidão se abateu sobre o seu olhar, recusou e disse que não: Que era o medo de amar. E fugiu, voltou para casa sem um pio, sem um som, engoliu a madrugada e dormiu, e sonhou, já o dia gritava: "Vem, vem! E gasta essa esperança, seu filho da mãe! Esquece essa coisa do Mal e do Bem! E gasta-te todo e a tudo o que tens!". E acordou, acordou sem cedo ou tarde: murmurou, tropeçou, pela casa, pelo carro, e avançou pelo cais, já a as águas chamavam: "Vem, vem! E gasta essa esperança, seu filho da mãe! Esquece essa coisa do Mal e do Bem! E gasta-te todo e a tudo o que tens!".

Texto de JP Simões, musicado pelo Quinteto Tati

Pensamentos




sábado, março 24, 2007

Mural esquerdista com moral própria

terça-feira, março 20, 2007

A publicidade de antanho - 1

domingo, março 18, 2007

Reflexos

quarta-feira, março 07, 2007

Teias

domingo, fevereiro 25, 2007

Um conceito, afinal, não muito recente...

domingo, fevereiro 18, 2007

Gripe, desanda!

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Vai um brinde? SIM!!!

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Mulheres ao leme: Sim? Não? SIM!

segunda-feira, janeiro 29, 2007

(Quase) simetria

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Repórter Z

Ainda está em construção, mas já dá para ver como ficará o aspecto final. Refiro-me ao meu novo blogue, uma montra do meu trabalho jornalístico. Devo agradecer à Raquel pelo trabalho que permitiu que as digitalizações estejam legíveis e agradáveis à vista.

Uma mentira repetida mil vezes algum dia será verdade?

terça-feira, janeiro 16, 2007

Altivez

domingo, janeiro 14, 2007

Ver passar os eléctricos







terça-feira, dezembro 26, 2006

O elemento humano

domingo, dezembro 17, 2006

O bebedor furtivo

sexta-feira, dezembro 15, 2006

O Homem das Castanhas


Na Praça da Figueira,
ou no Jardim da Estrela,
num fogareiro aceso é que ele arde.
Ao canto do Outono,à esquina do Inverno,
o homem das castanhas é eterno.
Não tem eira nem beira, nem guarida,
e apregoa como um desafio.

É um cartucho pardo a sua vida,
e, se não mata a fome, mata o frio.
Um carro que se empurra,
um chapéu esburacado,
no peito uma castanha que não arde.
Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado
o homem que apregoa ao fim da tarde.
Ao pé dum candeeiro acaba o dia,
voz rouca com o travo da pobreza.
Apregoa pedaços de alegria,
e à noite vai dormir com a tristeza.

Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais calor p'ra casa.

A mágoa que transporta a miséria ambulante,
passeia na cidade o dia inteiro.
É como se empurrasse o Outono diante;
é como se empurrasse o nevoeiro.
Quem sabe a desventura do seu fado?
Quem olha para o homem das castanhas?
Nunca ninguém pensou que ali ao lado
ardem no fogareiro dores tamanhas.

Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais amor p'ra casa.

José Carlos Ary dos Santos

domingo, dezembro 10, 2006

Luzes na cidade escura






A terceira fotografia é da autoria de Raquel Vilas.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Está frio lá fora

segunda-feira, novembro 27, 2006

Paisagem fotogénica

terça-feira, novembro 21, 2006

Luz e sombra

domingo, novembro 05, 2006

O feroz Chupeta